segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Isto não é uma acusação.

Em Julho de 2006 participei de um Congresso Científico em Florianópolis, cheguei nesta bela cidade na manhã de um domingo, dia 16, e retornei para São Paulo na manhã do sábado seguinte, precisamente dia 22.
Quando cheguei ao aeroporto da capital Catarinense para o retorno à São Paulo, me encontrei com o cidadão da foto abaixo, o ex-árbitro e atual aliado alienador da globo, Leonardo Gaciba.
Tirei um sarro dele por conta de um tropeço que tomou no Corintias x vascu de 2005, e pedi para tirar uma foto com ele, por duas razões: meu vô gostava dele, e acharia bacana me ver ao lado do cara, como achou; e eu sabia que num futuro não muito distante relembrar esse dia com afinco me seria útil.
Esse dia chegou.


Junto com ele, vindo de Porto Alegre, estavam os bandeiras Altemir Hausmann e - caso não me trai a memória - Roberto Braatz. Mais tarde, quando entramos no mesmo avião, conversei com o Gaciba, e ele me disse que iriam para São Paulo realizar outra conexão, para Goiânia, onde fariam, no dia seguinte a arbitragem de Goiás x Palmeiras, válido pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro daquele ano.
O avião - não me recordo o modelo - era dividido em duas filas de poltronas: à direita do corredor, com fileiras de 3 cadeiras, e à esquerda do mesmo corredor, fileiras de 2 cadeiras. Me sentei na última fileira da esquerda, e, bem em frente, se sentaram Leonardo e Altemir, o terceiro árbitro sentou-se mais a frente, sozinho.

Antes mesmo do avião decolar, Gaciba disse ao colega que estava cansado, e tentaria cochilar até São Paulo. Altemir Hausmann, pelo contrário, disse que mataria o tempo fazendo cruzadinhas.
O bandeira sacou uma das tradicionais revistas da coquetel e uma caneta branca, com detalhes em verde, um símbolo igualmente verde e os escritos Sociedade Esportiva Palmeiras.

Neste exato instante, não me contive, aproximei-me de sua cadeira e lhe disse: "e ai bandêra, e essa caneta do porco hein?".
Desconcertado ele olhou para a caneta, Gaciba olhou para mim e disse: "foi presente, isso é muito normal no futebol", e os dois riram.
Retomei o meu lugar; desconfiado, afrouxei um pouco o cinto.

As notícias que vejo agora são de que Hausmann, que estava de frente para o penalti dado ao América pelo árbitro Jean Pierre Gonçalves Lima, juntamente do segundo bandeira da partida de ontem, Júlio César Rodrigues Santos, foram agredidos ao passarem pelo Aeroporto de Congonhas, em São Paulo.

A partir da vivência de 2006, sempre contada aos amigos, mas nunca formalizada num texto, realizo duas perguntas:

1)Senhor Altemir, com caneta de qual clube o senhor andou realizando cruzadinhas recentemente?

2)Não poderíamos dizer que os tapas que a mídia noticia terem ocorrido hoje "foram presente, isso deveria ser muito normal no futebol?".

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