segunda-feira, 11 de abril de 2011

Carta aos estudantes Unesp/Marília:

Disponibilizo aqui a carta aberta que colei hoje em alguns murais da Unesp de Marília:

"Carta aberta a todos estudantes da Unesp de Marília:

O Corintias nasceu do povo, por entre os imigrantes e ex-escravos que formavam as camadas operárias paulistanas no início do século 20; O Corintias foi fundado por sapateiros, alfaiates e demais trabalhadores braçais, explorados e oprimidos.

O Corintias foi o time da várzea que derrotou os clubes burgueses, que entrou nos círculos elitistas, foi menosprezado, agredido e, mesmo assim, nunca parou de lutar.

O Corintias é o clube que participou efetivamente dos movimentos pró-democracia no Brasil no início da década de 80 (enquanto outros clubes, almofadinhas, batiam palmas aos ditadores).

O Corintias é o clube marginalizado por sua origem sem dentes, por sua origem operária e pobre: nossos primeiros treinos se deram com bolas emprestadas por patrões dispostos a rir de seus empregados batendo canelas, oras, “quem ri por último, ri melhor”: o time do povo triunfou sobre seus patrões, desde o início.

O Corintias sentou na bola jogando contra os fascistas palestrinos; O Corintias é a favela que invadiu e dominou a mansão das elites do Morumbi; O Corintias sambou nas laranjeiras dos racistas tricolores cariocas (pó-de-arroz, apelido dado aos tricolores carioca e paulista é em razão do fato de negros, para jogarem em seus times, precisarem cobrir a pele com pó-de-arroz, para ficarem menos negros: o Corintias foi o primeiro time da cidade de São Paulo a ter mais jogadores negros do que brancos).

O Corintias foi fundado sob a frase de que “o Corintias é o time do povo, e é o povo quem vai fazer o Corintias”.

É por isso colegas da F.F.C. que escrevo esta carta: ser corintiano vai muito mais além de “gostar” de um time de futebol, historicamente, ser corintiano é carregar no peito uma história de lutas e conquistas, que vão muito além do futebol.

Vamos nos unir para pensar propostas sinceras de mudanças em nossa realidade universitária, tendo por base o Corintianismo Clássico.


3 comentários:

  1. E Viva o Corinthians Nosso de Cada Dia! É uma pena que poucos darão à seu maravilhoso texto a devida atenção,mas enquanto houverem Corintianos como você divulgando nosso passado,ainda haverá esperança.

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