quinta-feira, 14 de abril de 2011

A minha bandeira.

Quando criança, lá pros idos de 1996, comprei uma bandeira do Corintias, pequena, com o símbolo do clube e o escrito "timão - ninguém te segura", paguei 5 reais por ela. A comprei de uma senhora que vendia artigos referentes à futebol, por ironia, atrás do chiqueiro (aonde se pratica muitos esportes, mas futebol mesmo...).
Algum tempo se passou e essa bandeira desapareceu nos espaços ocultos da casa de meus pais. Em 1999, com o título paulista e aquele time incrível (infelizmente, não eramos imbatíveis), comecei a azucrinar meus pais para que me comprassem uma bandeira nova. Minha mãe, sempre muito criativa, comprou um metro de pano branco e um metro de pano preto, e se dedicou a costurar uma bandeira preta e branca, com a qual comemorei diversos títulos, a começar pelo brasileirão de 1999.

Eu, empunhando a citada bandeira feita por minha mãe, na comemoração do brasileiro de 2005.

No ano de 2008, quando mudei para o interior, e quando disputamos a série b, se tornou freqüente combinar as idas à São Paulo com os jogos do Corintias. Numa destas idas, na volta para casa ocorreu o fato que adicionou à minha vida outra bandeira do Corintias.
Saíamos do jogo Corintias x Fortaleza pelo primeiro turno da série B, se não me engano no dia 1º de Junho daquele ano, vencemos por 2x0. O carro era dirigido por minha mãe, no banco do carona eu e no de trás a garota com quem eu me relacionava/enganava à época (digo enganava não por puro rancor: ela foi em jogos do Corintias e vestiu o manto sagrado algumas vezes, porém, num momento de descontrole tentara profanar [com fogo!], justamente, uma de minhas camisas do Corintias).

Foto do citado jogo.

Dado momento, quando cruzávamos o viaduto do Pacaembu, deixando para trás a Avenida Pacaembu e indo em direção à Avenida Marques de São Vicente, eu vi rolando pelo asfalto, solitária, uma bandeira do Todo Poderoso. Pedi, de forma até ríspida, que minha mãe freasse o carro para eu pegá-la; com toda cautela do mundo ela o freou, ligou o pisca alerta e eu desci do carro.
Olhei embaixo do nosso veículo, e não estava lá; uma fila de carros se formou atrás de nós, motos e outros carros passavam rente ao meu corpo, e fui encontrar a bandeira debaixo do quarto ou quinto. Embolei aquele pano (quase) sagrado, até então desprotegido, e voltei para dentro do carro, ciente do risco que havia corrido, mas muito feliz, tal qual o garoto que pagara 5 reais em uma bandeira 12 anos antes.

Abaixo, foto com a bandeira resgatada da rua.

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